Who cares*? Amanhã estou em Liverpool!
*Expressão roubada d'Aqui.
Receita de Bolo e creme de iogurte com romã
Há 3 meses
"Quando os motores dos aviões param por avaria, isso não é o fim do voo. Os aviões não caem do céu como pedras. Os enormes aviões de passageiros, com vários motores, continham a deslizar durante meia hora ou três quartos de hora para depois se esmagarem ao tentarem aterrar. Os passageiros não notam nada. Voar com os motores parados não parece diferente de voar com eles a funcionar. É mais silencioso, mas só um pouco mais silencioso: mais barulhento que os motores é o vento que se quebra na fuselagem e nas asas. Num momento qualquer, ao olhar pela janela, a terra ou o mar estão ameaçadoramente próximos, a não ser que as hospedeiras e os hospedeiros tenham fechado as cortinas para pôr um filme a correr. Talvez os passageiros sintam que esse voo, uma pouco mais silencioso, é essencialmente agradável.Aquele Verão foi o voo planado do nosso amor. "
Porquê? Por que razão, quando olhamos para trás, o que era bonito se torna quebradiço, revelando verdades amargas? Por que razão se tornam amargas de fel as recordações de anos felizes de casamentos, quando se descobre que o outro tinha um amante durante todo aquele tempo? Por que não era possível ter sido feliz numa situação assim? Contudo, somos felizes! Por vezes, quando o final é doloroso, a recordação trai a felicidade. Por que é que a felicidade só é verdadeira quando o é para sempre? Por que é que só pode ter um final doloroso quando já era doloroso, ainda que não tivéssemos consciência disso, ainda que o ignorássemos? Mas uma dor inconsciente e ignorada é uma dor?