quinta-feira, 30 de junho de 2011

Só para não me esquecer

dayaday


Tropeçamos nesta loja ontem. Entramos só para ver. Saímos cada uma com um saco e com muita vontade de voltar. Gira! :)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Coisas que me apetecem

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Venham mais 4.

Acordar tarde. Deitar tarde. Sardinhas. Jantares. Broa. Fotografias. Pessoas Novas. Reencontrar. Boas Notícias. Más Notícias. Gofres de chocolate. Praia de Dia. Praia de Noite. Dormir. Cozinhar. Filmes. Cinema. Magnuns e Swirls. Pipocas. Inventar. Experimentar. Comprar. Ler. Conversar.

Venham mais dias de férias (quase) como estes. 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Saldo da convalescença

7ª temporada da Donas de Casa Desesperadas - um final bem bom para um temporada fraquinha. Em Setembro vejo-vos outra vez.

O Discurso do Rei - gostei muito. Não que a história seja incrível, mas pela forma como as personagens me fizeram gostar tanto delas.

Segue-se O Resgate do Soldado Ryan.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Godspeed, senhores ministros.

A primeira impressão faz um pouco de impressão. A impressão de que não é um Governo forte. Não forte o suficiente para as rabanadas de vento que o aguardam. Mas Portugal não tem uma segunda oportunidade: este Governo vai ter de ser melhor do que parece.
A primeira impressão faz um pouco de impressão. A impressão de que não é um Governo forte. Não forte o suficiente para as rabanadas de vento que o aguardam. Mas Portugal não tem uma segunda oportunidade: este Governo vai ter de ser melhor do que parece.

Portugal está num estado crítico tal que precisa de união e de coesão. E é por isso que o Governo tem de ter o benefício da dúvida, de ter o tempo e o espaço suficiente para mostrar o que vale. Vai tê-lo. Mas isso não esconde essa tal primeira impressão. A de que faltam figuras de Estado. A de falta de experiência. A de falta de um Catroga. Mas também as virtudes: a juventude. A capacidade técnica de muitos dos seus ministros. A da vontade de mudança que eles representam.

Dois exemplos: Assunção Cristas e Álvaro Santos Pereira. Os leitores do Negócios conhecem-nos bem, deram ambos entrevistas de fundo este ano neste jornal e foram enquadrados como esperanças políticas para o nosso País. Ei-las confirmadas. Mas a nova ministra da Agricultura nunca plantou uma batata na terra. E o novo ministro da Economia nunca geriu uma empresa na vida. Quer dizer que são erros de “casting”? Não. Quer dizer que arrancam sem terem a “autoridade natural” do seu lado. E só se tiverem consciência disso poderão impor-se, serem respeitados e fazerem parte da solução que Portugal encomendou a este Governo.

O contra-exemplo: Paulo Macedo. É economista, gestor, administrador de banco, foi director-geral dos Impostos. O novo ministro da Saúde nunca deu uma injecção a um doente e roga-se que nunca o faça, mas não haverá neste momento médico nem director hospitalar em Portugal que não esteja com medo da sua tesoura e bisturi. Porque Paulo Macedo tem do seu lado a autoridade da experiência passada e do seu sucesso reconhecido e aplaudido nas Finanças. Aqui não há qualquer equívoco: vem para cortar nas despesas da Saúde, onde se suspeita de haver uma espécie de “Face Oculta” nas compras de material, e onde há lóbis poderosos numa actividade que também é um negócio e que tem sido pior negócio do que muitos pensavam (basta ver o prejuízo da Caixa Geral de Depósitos nos seus hospitais). Macedo é uma escolha polémica e vai ser contestada mas é uma boa escolha precisamente por isso: o Serviço Nacional de Saúde português é um sucesso, mas é demasiado dispendioso. Paulo Macedo não vai tratar da Saúde, vai racionalizar o Serviço – vai mantê-lo Nacional (isto é, público)?

Outro exemplo: Nuno Crato. Como Paulo Macedo, é uma excelente escolha, mas tem de provar que sabe sair da academia para a política. É um “liberal” na educação, no sentido em que “liberal” significa premiar o mérito e acabar com o “eduquês”, que ele assumidamente abomina (e abomina bem). Aqui também não há dúvidas. Com Nuno Crato, quem chumbar chumba, quem estudar passa, os exames serão difíceis e as estatísticas serão portanto piores – mas os resultados serão talvez melhores. Haverá maior separação entre os bons e os maus alunos, espera-se que também entre os bons e os maus professores. Porque o nivelamento educacional valoriza a mediocridade, desincentiva o brilhantismo e nivela por baixo. Crato só não provou uma coisa: que tem cabedal que chegue para a pressão política brutal que, se fizer o que se espera, terá. Homem pacato, cordato, cordial, vai ter de ser um leão para aguentar.

Bom, demos agora um passo atrás. Politicamente, o Governo está assente num tripé: além de Passos Coelho, Paulo Portas e Miguel Relvas. Eles serão os chefes. Os chefes de uma equipa irrequieta e que promete reuniões de Conselho de Ministros muito agitadas. Várias das promessas políticas dos últimos anos estão lá (Mota Soares, Assunção Cristas). Vários críticos de políticas anteriores estão lá (Álvaro Santos Pereira, Nuno Crato).

Paulo Portas ocupa uma pasta essencial neste momento de intervenção e negociação externa permanente. Ele será uma espécie de primeiro-ministro fora de Portugal, como Luís Amado discretamente o foi durante os últimos muitos meses. Ele estará mais tempo a defender os interesses de Portugal em Bruxelas (e em Berlim e em Frankfurt) do que no Palácio das Necessidades.

Miguel Relvas será o biombo político de Passos Coelho dentro do País. Será o seu braço direito de ataque e o seu braço esquerdo de defesa, para um período que se adivinha de consensos difíceis e poucos duradouros. Porque como houve PEC do 1 até ao 4, também haverá uma espécie de vários MoU (memorandos de entendimento com a troika), que se adaptem às mudanças internas e externas do imprevisível situação económica e política. E isso significa acordos políticos permanentes - como na Grécia. Com provas dadas, Aguiar-Branco e Miguel Macedo farão parte dessa muralha política.

Pedro Mota Soares e Assunção Cristas foram dos melhores deputados da melhor bancada parlamentar da última semi-legislatura, a do CDS-PP. Pedro Mota Soares deixará agora a sua “scooter” para assumir uma área difícil, a da Segurança Social, numa fase de crescimento do desemprego e de corte de prestações sociais. Vai ter um orçamento muito difícil de gerir e tem do outro lado parceiros sociais que entrarão com vontade de lhe comer as papas na cabeça. Vai ter de mostrar que além de capacidade de trabalho, tem estofo político para não ser o peixinho no meio dos tubarões sindicais, em mares agitados de contestação social forte, esfomeada - e de esfomeados.

Paula Teixeira da Cruz é o oposto de Pedro Mota Soares. Com ela ninguém faz farinha mas isso não evita as mós do outro lado. A Justiça é o Rubicão deste Estado, é lá que estão alojados os maiores lóbis (incluindo o dos políticos) e Paula Teixeira da Cruz não tem do seu lado uma ferramenta essencial: a troika. O memorando da troika é fraco no que toca à Justiça, o que torna tudo demasiado vago. E Teixeira da Cruz será acusada de representar uma das cinco profissões jurídicas (a dos advogados, a que pertence) e de preferir outra (a dos magistrados do Ministério Público e do seu sindicato, dada a sua proximidade política a António Cluny). Teixeira da Cruz sabe o que é preciso. Terá o que é preciso?

Regressemos à área económica. Álvaro Santos Pereira é um macroeconomista, não conhece os gestores portugueses nem as nossas empresas. Por isso, hoje, os gestores das grandes empresas estão horripilados com esta escolha. Essa pode ser a vantagem deste viseense: a de partir sem compromissos nem conflitos. Mas é ele que terá pela frente o desafio mais radicalmente difícil: pôr a economia a crescer. Enfrentar os lóbis mais poderosos, que não são as das arruadas, os manifestantes ou os grevistas. São as pressões dos gabinetes. Das grandes empresas. Dos grandes sectores. Incluindo o espinhoso campo das Obras Públicas. E Álvaro Santos Pereira é mais liberal nos livros que qualquer outro ministro da Economia o foi nos últimos anos. Sê-lo-á também fora dos livros?

Deixamos para o fim o mais importante de todos os ministros de Passos Coelho: o das Finanças. Vítor Gaspar. Quem? Vítor Gaspar é um desconhecido dos portugueses e tem contra si a falta de força política. Mais: é um técnico brilhante mas nunca deve ter dado uma ordem nem mandado numa equipa. E isso tem de ser tão natural como a sede deste Governo em proceder a um “choque térmico” nas finanças públicas e a uma recuperação de imagem nos mercados financeiros. O nome que devia ser o mais forte e incontestado é, paradoxalmente, o mais desconhecido de todos. Gaspar sabe que foi uma segunda escolha (Vítor Bento recusou as Finanças; Catroga também recusou depois de ter sido convidado para a Economia e re-convidado para as Finanças). Que seja de primeira água. Que junte ao “saber fazer” a força do não deixar desfazer; de impor; de mandar. Porque Gaspar é desconhecido em Portugal mas reputado na Comissão Europeia e no Banco Central Europeu, o que neste momento é essencial. É um homem muito inteligente - precisará também de inteligência emocional para se impor na política.

O Governo arranca com o benefício de dúvida, que terá de converter em esperança para o País. Tem um grupo de gente boa e outro grupo de gente promissora, que tem de saber que ser timorato não é o mesmo que ser timoneiro. E tem muita gente brilhante no campo académico, onde impera o reino dos argumentos, mas vai ter de se impor no mundo político, onde vale tudo.

O País está em estado de choque. Precisa de um Governo contra o choque. E é por isso que o homem mais importante de toda esta equipa é Pedro Passos Coelho. Não teve toda a equipa que quis. Mas teve a equipa que o quis a ele. Que seja a equipa que todos precisamos.

Como se diz aos aviadores que partem para a batalha: Godspeed, senhores ministros.
por Pedro Santos Guerreiro, aqui.

terça-feira, 21 de junho de 2011

É claro que gosto do Outono. Dos castanhos e das castanhas. Dos primeiros casacos. Do “daqui a nada é Natal”. Da cor das árvores. Da praia sem gente.

É claro que gosto do Inverno. De estar quentinha a ouvir a chuva. Dos chás quentes. Do acordar quentinha. Das mantas. Dos filmes. Das pantufas. Da lareira.

É claro que gosto da Primavera. Das flores. Dos primeiros frutos. Dos primeiros dias de praia. Do meu aniversário. Das roupas leves. Das cores.

Mas eu gosto MESMO é do Verão. Das cores fortes. Dos maracujás. Dos gelados. Das grandes probabilidades de estar sol. Dos dias grandes. Das 1000 iniciativas. Da cor da pele. Dos pés à mostra. Das pernas à mostra. Dos ombros à mostra. Dos óculos de sol. Da música brasileira. Dos caracóis. Das caipirinhas. Do tempo livre. Das viagens. Das limonadas. Das leituras ao final da tarde. Dos passeios. Das promessas.

Por isso... Benvindo de volta Verão. Que fiques por muito e bom tempo.

Vários bocadinhos

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Alguém Precisa?

De um olho a chorar, um nariz a pingar e uma garganta a arranhar? Tenho para oferecer.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ontem, foi assim


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Coisas boas que se fazem por aí

Iniciativas Gaia é Cultura. Muitas e boas, como se quer. Para quem tem "passaporte cultural" (gratuito e acessível a toda a gente), há descontos. Hoje Deolinda por 3€, amanhã David Fonseca por outros 3. Fica a sugestão.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

bom, muito bom

      abracei o corpo da minha mulher, segurei-lhe a mão, a sua cabeça no meu ombro, criei um pequeno embalo, como para adormecê-la, ou como se faz a quem chora e queremos confortar. vai ficar tudo bem, vai correr tudo bem. o que era impossível, e o impossível não melhora, não se corrige. estávamos encostados à parede, sobre o cortinado, como fazíamos na juventude para os beijos e para as partilhas tolas de enamorados. estávamos escondidos de todos, eu e a minha mulher morta que não me diria mais nada, por mais insistente que fosse o meu desespero, a minha necessidade de respirar através dos seus olhos, a minha necessidade vital de respirar através do seu sorriso. eu e a minha mulher morta que se demitia de continuar a justificar-me a vida e que, abraçando-me como podia, entregava-me tudo de uma só  vez. e eu, incrível, deixava tudo de uma só vez ao cuidado nenhum do medo e recomeçava a gritar.
     com a morte, também o amor devia acabar. acto contínuo, o nosso coração devia esvaziar-se de qualquer sentimento que até ali nutrira pela pessoa que deixou de existir. pensamos, existe ainda está dentro de nós, ilusão que criamos para que se torne todavia mais humilhante a perda e para que nos abata de uma vez por todas com piedade. e não é compreensível que assim aconteça. com a morte, tudo o que respeita a quem morreu devia ser erradicado, para que aos vivos o dardo não se torne desumano. esse é o limite, a desumanidade de se perder quem não se pode perder. foi como se me dissessem, senhor silva, vamos levar-lhe os braços e as pernas, vamos levar-lhe os olhos e perderá a voz, talvez lhe deixemos os pulmões, mas teremos de levar o coração, e lamentamos muito, mas não lhe será permitida qualquer felicidade de agora em diante.
in "A Máquina da Fazer Espanhóis", Valter Hugo Mãe


Acabei de ler este livro algures no início de Maio. A falta de maiúsculas (características dos capítulos escritos pelos "olhos" da personagem principal) é de fácil habituação. Passado o primeiro capítulo já parece fazer todo o sentido que assim seja. O livro é duro, realista, quase assustador. Fala da recta final da vida de alguém. A história é simples. Tem passagens excelentes e a ironia do senhor Silva é extraordinária. Vale muito a pena

terça-feira, 14 de junho de 2011

De Paris - Troisième

Só consigo pensar em três coisas menos boas desta viagem: dinheiro, pessoas e inglês.

Tudo o que tivemos que pagar pareceu-me caro. O Hostel, face às condições que tínhamos, foi o mais caro em que fiquei. O aeroporto é longe (como a grande maioria dos aeroportos low cost) e o transporte mais barato (autocarro) custa 15€/viagem (e eu que "chorei" os 11€ de Barcelona). É um acréscimo de 30€ + cerca de uma hora de viagem entre aeroporto e Paris, o que, um dia que volte, me fará pensar duas vezes. Uma viagem de metro custa 1,70€. Uma subida, por elevador, ao terceiro piso da Torre custa pouco menos de 15€. Valeu-nos uma coisa brutal: menores de 26 anos, cidadãos da União Europeia, não pagam no Louvre, têm desconto ao fim-de-semana no metro (por 3,40€ temos um passe de dia) e não pagam em Versailles (embora este não tenha dado para aproveitar). Penso que li algures que a entrada é livre em todos os museus e é capaz de haver outras vantagens que não chegamos a descobrir. 

O problema número dois foram as pessoas. Ou tivemos muito azar nestes dias, ou há muitas pessoas antipáticas por aqueles lados. Três casos. Balcão de informações numa estação de metro. Pedido de informação acerca do bilhete <26 em inglês. A senhora que estava no outro lado não responde. Não diz que não fala inglês. Nada. Faz cara de enjoo. D. faz a mesma pergunta em francês. Senhora explica. Acenamos que queremos esses bilhetes. Começa a tirar três bilhetes e mostra o total. Explico que vamos pagar em separado. Ouvimos um simpático "Merde!" do outro lado e uma mão estendida para receber o dinheiro. Entrega os bilhetes sem o mínimo rasgo de simpatia (e educação!). Museu do Louvre. Peço os bilhetes. Desta feita, pelo menos consigo safar-me só com o inglês. Explico que quero três bilhetes para o museu, menores de 26 anos. Rapariga diz "card ID" e estende a mão. Mostro as identificações. Entrega-me três bilhetes sem uma palavra. Pega num panfleto. Espero porque penso que ia receber alguma indicação extra. Pergunto se está tudo. Recebo um gesto com a mão a indicar que podemos sair. Montmartre. D. pergunta a uma retratista o preço de um retrato. Fulana olha para nós e responde "c'est três cher" (é muito caro). Mais do que arrogância, em qualquer um dos casos, isto para mim é falta de educação pura. Se tivemos azar para tropeçar em três pessoas assim das 10 com quem tivemos alguma espécie de interacção? Acredito. Fiquei com péssima impressão.

O último "problema" já estávamos à espera: quase ninguém a falar em inglês. Encontramos uma senhora super simpática, enquanto procurávamos o hostel, que falava muito bem inglês. De resto não foi muito simples encontrar na rua quem conseguisse balbuciar uma resposta em inglês. O próprio site do metro está só 10% traduzido para inglês. Um casal (novo!), perguntou-nos, no metro, de onde éramos. Não percebemos a pergunta. Voltou a repetir. Continuei sem perceber e perguntei se podia repetir em inglês. O pobre do rapaz fez uma cara igual à que faria caso me pedissem para repetir o mesmo em chinês. A namorada pensa uns segundos e diz "where are you from". Recebeu um olhar de pura admiração do namorado.

O bom? Bem o bom foi muito mais! :)

A cidade é linda. O tempo estava fantástico (embora a amplitude térmica seja grande). A companhia era óptima. Não senti o "romantismo no ar" que dá tanta fama a Paris. É tão romântica como o Porto ou Londres. Nem sequer acho que esse romantismo possa estar associado a uma cidade. A cidade é muito grande e muito bonita. Está cheia de movimento, História e diversidade, como qualquer Grande cidade.  A Torre é muito mais bonita do que me lembrava.  Gostava de ter 2 dias só para o Louvre e companhia. 3 dias para a Disney. 1 dia para Versailles. Queria ter tido mais tempo para descansar nos jardins, subir a Notre Dame e ao Arco, passear de barco no Sena, alugar uma bicicleta, sentar-me numa esplanada. Gostava de uma semana para aproveitar verdadeiramente Paris porque vale a pena. Embora não tenha entrado no meu "top 3" de cidades, Paris dá muita vontade de voltar.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

De Paris - Deuxième

Tudo o que li aconselhava a ir ao Louvre e a Versailles de manhã cedinho "para evitar filas". Como só tínhamos uma manhã, começamos pelo Louvre. Acho que há anos que não me levantava tão cedo a um Domingo. 7h da manhã (6h em Portugal) estava o despertador a tocar. A saída do metro tem ligação interna com o Museu. Umas galerias comercias subterrâneas e, quando reparamos , já estávamos ao lado das pirâmides.

O museu é estupidamente grande. Já tinha lido, já me tinham avisado mas acho que só lá é que dá para ter a noção. Estivemos cerca de 3horas sem parar. Mesopotânia, Antigo Egipto, Roma e Grécia Antiga, Pintura Italiana, um bocadinho de reis franceses. Passagem "obrigatória" pela Vénus e pela Gioconda. A Gioconda é a decepção que já esperava. Pode ser um marco, pode ser perfeita mas eu não gosto. Pequenina e escura. A Vénus de Milo é maior e ainda mais bonita ao vivo. Ainda bem que os franceses lhe perderam os braços mas não a perderam por aí!


Versailles. O palácio fica um bocadinho deslocado do centro, cerca de 40min de comboio. Só li coisas boas. Os jardins incríveis. Uma imensidão. Afinal se Luís XIV era o "Estado" e o Estado Francês "morava" ali, o palácio só podia ser fabuloso. Pois que deve ser... Mais do que isso era "fabulosa" a fila para a entrada. Qualquer fila da Expo 98 era uma "menina" perto daquilo. Impossível entrar com um avião para apanhar. Ficaram as fotografias do exterior e mais um para a lista do "próxima vez". 


Almoços saudáveis :)

Com algum tempo livre que não gastamos no palácio, voltamos à Torre. Vale sempre a pena voltar lá. Contra o que me tinham dito, acho que gostei mais dela de dia do que de noite. Gostava de um dia subir lá cima de dia para "espreitar" a vista!

Voltamos atrás no tempo nos jardins da Torre. :)

A minha "Vespa" feita pela Marisa, tinha que ir a França, certo?

E se eu não tirasse fotos com saltinhos não era EU. :)

Este jardim, o calor, uma canção em francês e uma guitarra. Ficávamos por lá um dia.


Porta-chaves feitos pela Marisa. Um para cada uma. Cada um tem uma Torre Eiffel, uma máquina fotográfica, um avião e uma medalha "I Love Paris". Depois, e para os diferenciar, cada um tinha uma medalinha mais pequenina: "dream" para um, "believe" para outro, "wish" para o outro. 

Esta zona ficou para o fim por ser pertinho do Hostel. Podíamos mais facilmente controlar o tempo para ir buscar as malas e zarpar para o Aeroporto. Sem Versailles para ver, ganhamos tempo para passear com calma por Pigalle. E Pigalle é muito mais original do que pensava. Mais do que o famoso Moulin Rouge há um museu, várias lojas de roupa, livrarias, cinema e clube de vídeo dedicados ao "erótico". De dia é calmíssimo e pitoresco. Resto de um Paris Boémio cheio e estórias. :) 

A tradicional entrada do Metro. Há linhas de metro para todo o lado, sempre perto, sempre frequentes. Apesar de tudo, quando comparado com o metro de Londres, achei-o confuso e, em alguns casos, bastante mal assinalados. O facto de as pessoas que trabalham em balcões de informação e bilheteiras (falamos com 3) não falarem inglês parece-me incompreensível.

Sacré Coeur. Da janela do nosso Hostel víamos duas das cúpulas. A Igreja é enorme e bonita, mas está longe de me deixar rendida com Notre Dame. Muita fila para o funicular, fomos a pé degrauzinho a degrauzinho. Se tivessemos subido até ao segundo andar da Torre Eiffel pelas escadas (é possível) e a subido ao Arco do Triunfo, juntando estes duzentos e pico teríamos subido mais de 1000 degraus. Quem precisa de aulas de step vá até Paris! :)


A vista lá de cima, vale cada degrauzinho subido. Já que não vimos o Pompidou, deu para o espreitar cá de cima. Não se pode ter tudo! :)

Montmartre

Bailaria em relevo. Tão bonita. :)

E lá fui eu provar os famosos Macaron. Entramos numa pastelaria com excelente aspecto e não me aventurei em cores estranhas. Pedi um castanhinho, de chocolate, para jogar pelo seguro. Gostei mas não achei fabuloso. Os crepes com Nutella que comemos ali eram beeeemm melhores! :)

Os crepes estavam tão bons que até os pardais vinham até nós, sem medo, para conseguir um bocadito.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

De Paris - première

Uma imagem vale mais que mil palavras certo? Então fica uma catrafada de imagens! :)

Não consigo deixar de gostar das imagens tiradas "lá de cima". Por muito que tenha sempre uns friozinhos até aterrar, gosto muito dos momentos em que voamos e é possível ver terra.

Depois de encontrarmos o Hostel  (esqueci-me de imprimir a morada completa o que torna as coisas um bocadinho mais complicadas) e deixarmos a tralha, partimos para Notre-Dame. É linda a catedral. Os trabalhados, as gárgulas, a nave estreita e altíssima, a luz e os vitrais detalhados e cheios de cor. A lateral da Catedral é um bocadinho ainda mais bonita que a frente. As torres. Fez-me pensar imediatamente nos sonhos do Tom Pedreiro e do Jack. Pena não ter dado para subir ao piso superior. Fica para uma próxima. :)

A primeira foto em Paris. Por fotos destas valeu a pena andar a carregar um tripé por Paris.



Um casamento em Notre-Dame. Uma Noiva de vermelho. Love it!

Um bocadinho dos vitrais.



 Na lateral de Notre-Dame. Não se vêm as torres nem uma boa parte da construção, mas se tiverem curiosidade, espreitem aqui.

A caminhar é que se conhece uma cidade... E nós, caminhamos que nos fartamos! :)


Louvre

Facepalm no jardim do Louvre! :)

Campos Elísios. E se a ideia que eu tinha deste sítio era uma rua cheeeeeia de lojas carérrimas, encontrei uma rua cheia de Mangos e Zaras e outras que tais. As lojas caras estão lá, mas menos "à vista". "Sobrou" um edifício enorme da Louis Vuitton.


Escada da loja da Swarovski.

Andamos isto tudo e, "olha o arco lá atrás!" :)

Bonita. Mágica. Só de pensar que esteve para ser destruída apetece abanar a cabeça até à exaustão! Não causa a sensação "como é que há 1000 anos conseguirão fazer algo tão perfeito e detalhado" mas sim "como é que um monte de ferro pode ser transformado numa estrutura tão grandiosa". Tem gravados 72 nomes gravados: franceses importantes cujo centenário se comemorou na altura da sua construção. Consegui encontrar o Lavoisier e o Laplace.

Depois de 1h30 na fila (às 21h00 ainda foi preciso estar uma hora e meia na fila!), chegamos ao terceiro piso. Gostei menos do que esperava. Excesso de expectativas, tempo de espera, cansaço e frio acho que não ajudaram. A vista é lindíssima, mas a esta hora nós já só queríamos parar. Ainda tentei tirar umas fotos giras, mas quanto mais cansada, com mais vertigens fico e era o descalabro de cada vez que me aproximava da pontinha para tentar fotografar por entre as grades... Esta também fica para uma próxima vez.

Numa sala do terceiro patamar estão registadas as distâncias entre a torre e algumas cidades. A marcação não é aleatória. Tenta-se respeitar a orientação: ao olharmos para esta bandeira e se conseguíssemos ver a uma distância de 1500 km, poderíamos avistar Lisboa!

Coisas

21h25 - Fila para comprar bilhetes para a "Árvore da Vida"
21h50 - Bilhetes comprados para o dito filme.
21h51 - "Ah, não vamos comprar pipocas porque fazem mal."
22h52 - Cheirinho quase irresistível das pipocas UCI à nossa volta.
21h55 - Começa o filme.
21h56 - Casal ao lado começa a dizer que não percebe nada do filme.
22h10 - Casal ao lado continua a dizer que não percebe o filme e que a acção não avança.
22h15 - Casal ao lado não se cala.
22h20 - O filme começa a parar. Não pára uma vez, pára uns décimos de segundo a cada 5 segundos.
22h25 - Parece ter passado o piripaque.
22h26 - Casal ao lado desiste do filme. Pensamos "agora é que vai ser".
22h30 - O filme volta a "saltar". Como se o "DVD" estivesse riscado e desta vez continuamente.
22h35 - Pedido de devolução do dinheiro do bilhete.

Conclusão: 1 hora deitada ao lixo. Raios.

terça-feira, 7 de junho de 2011

História de Portugal em 4 Minutos*


*  Descoberto num podcast da Caderneta de Cromos. Os Lusitansos, de Luís Filipe de Barros... :)

"Don't ask what your country can do for you,, ask what you can do for your country".

Aqui há uns anos escrevi uma coisa que muita gente considerou quase ofensiva: disse eu que José Sócrates era o melhor político português e que tinha conseguido, no primeiro mandato, fazer um trabalho decente tendo em conta a grave crise internacional em que a Europa - e Portugal - estava mergulhada.

Hoje, mantenho quase tudo. Continuo a achar que Sócrates é o mais profissional de todos os políticos, mas, agora, não acho que o primeiro mandato tenha sido assim tão bom. E por uma razão simples: os números que eram dados como verdadeiros na altura, afinal, foram rectificados, e o que pareciam ser contas do défice razoáveis foram, afinal, más. O problema maior foram mesmo as eleições de 2009. Para as ganhar, Sócrates inventou um cenário de retoma, que não existia, aumentou funcionários públicos, desdramatizou o que só tinha de ser dramatizado, e diabolizou Ferreira Leite, que deu a entender ser pior que Satanás, uma encarnação do mal que vinha aí para nos sugar até aos ossos, para nos levar o pouco que ainda conseguimos ter.

Bom, mas isso já lá vai. Até o Sócrates já lá vai. E vem aí Passos Coelho.
O homem ainda nem tomou posse e parece que já corre por aí um mail a atacar o currículo do senhor, e a dizer que nunca fez nada na vida, e que acabou o curso quase aos 40 anos e mais não sei o quê (só vi isto por alto, porque agora ando mais ocupado a passear). 

Sinceramente, acho que é nesta pequenez mental que esbarra o nosso crescimento enquanto povo. Gostamos sempre de esmiufrar o outro, de procurar o ponto fraco, de descobrir onde bater, encontrar o podre. E não estou obviamente a meter a imprensa neste saco - é esse, também, o papel do jornalista, procurar o que está errado, desconfiar das normalidades, procurar a fraude e denunciá-la. Agora, estou é a falar das pessoas que passam este mail de amigo em amigo, acrescentando mais um comentário malicioso, mais uma boca a apontar um defeito. 
Em lugar de nos preocuparmos, primeiro, com a nossa própria produtividade, com a necessidade de sermos melhores, mais cultos, mais competentes, mais eficientes, não, procuramos é mostrar que o outro - seja o primeiro ministro seja o gajo da cadeira ao lado, seja o chefe da contabilidade ("Ah, sabias que o Zé Francisco da Contabilidade é sobrinho da Maria José que é vereadora da câmara? Está explicado como é que ele chegou lá") - é muito pior, e tem defeitos, e não tem méritos.

Não sei se o Passos Coelho nunca trabalhou. Não posso dizer que não o conheço de lado nenhum, porque conheço. Não posso dizer que nunca falei com ele na vida, porque já falei, várias vezes. Não posso dizer que sou completamente desinteressado no que escrevo, porque sei que ele é um homem honesto e capaz, e sei-o pelo que disse antes, porque o conheço, porque já falei com ele várias vezes, porque sou amigo de algumas pessoas que o ajudaram a chegar onde chegou. 
Acho que toda a gente merece uma oportunidade. Foi por isso que fiquei contente com a vitória do PSD nestas eleições. Eu já votei PS, já votei PSD, já votei Bloco, já votei CDU. Desta vez não votei. Não votei porque não estava em Portugal no domingo das eleições. Mas acho que chegou a hora de Passos Coelho mostrar o que vale. E nós temos a obrigação de, antes de atirar pedras, ajudar, dar o nosso contributo para que o País saia de onde os anteriores governos o deixaram. E ainda antes de dizermos "este vai ser igual!", "são todos uns bandidos" ou "já dei para esse peditório" vamos tentar mais uma vez. Até porque só temos duas hipóteses: ou puxamos para um lado, ou puxamos para o outro; ou fazemos parte da solução, ou fazemos parte do problema.
E acho que a solução devemos ser nós, e não esperar que sejam os outros a procurá-la.
Anteontem voltei a estar em frente à frase que Kennedy um dia disse: "Don't ask what your country can do for you, ask what you can do for your country". Nunca foi tão actual.

Eu também recebi um email com o dito CV. E também me "passei" com o facto(?) do Dr. Passos Coelho ter acabado o curso com 37 anos, e desde então só ter assumido e acumulado cargos de Administrador. Também me cheirou muito a esturro. Como me cheirou a esturro muitas outras histórias e acções destes políticos que me fizeram votar naquele que me parecia apenas menos mau. E também critiquei (é intrínseco). Mas acho que neste artigo, O Arrumadinho está cheio de razão. Que a solução venha de nós. So, let´s go.

Vieram comigo da feira


Com a promoção da Hora H, 50% de desconto em cada um, excepto no da Mafalda. E por mim trazia tantos mais... :)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A caminho da feira do livro

E com uma listinha de ideias para não me descontrolar muito. E sei que me vai saber tão bem! Mesmo a calhar num dia "estranho" como o de hoje. :)

Porque hoje estamos todos contigo :)