Ontem não havia estrelas no céu, sabiam?! Estavam todas no Coliseu. Não, não é esse, não é o Colosseo romano, é o Coliseu com a pronúncia do norte, o nosso. É certo, ontem esteve bem mais elevado e afagado que qualquer espectáculo da Idade Antiga e é certo, também, que o Porto sentiu e cantou mil letras na ponta da língua com o coração a saltar-lhe do peito. Tanto e com tal intensidade que foi surpreendido com um “Caraças!” acompanhado pelas lágrimas nos olhos do pai do rock português. Pai do rock, psicadélico desesperado ou Chico Fininho, chamem-lhe como entenderem, mas o Rui Veloso há-de ser sempre o que queremos ser quando formos grandes.
Ou então não. Não, nós não precisamos de esgotar um Coliseu, ou dois. O que nós precisamos, e queremos, é daquela paixão e da audácia de cumprir o prometido (que é devido), ao ponto de termos a coragem de empenhar um anel de rubi ou de roubarmos uma gargantilha, ao ponto de mostrarmos o nosso lado lunar, quebrando todas as regras da sensatez!
Se sentes uma pequena dor a moer o que a gente não lê? Vai por mim, é uma dor pequenina, é só tua, guarda-a bem. Pode ser do filme que não viste ou dos velhos do jardim, pode ser de quem juntou dama e valete em paixão de folhetim ou de quem gravou a canivete corações nos bancos do jardim. Foi da lua. Fim da tarde. “Eu nunca me esqueci de ti”, dizes. Pois, então é da paixão que precisas, quer seja por irmãos de sangue ou pela morena de azul. Mostra as mãos vazias e não partas nunca mais.
1 sentidos:
Para mim só faltou mesmo a história de um certo Cavaleiro Andante, contada com Todo o Tempo do Mundo. E Talvez aquela parte do Jardel a voar sobre os centrais (Não me Mintas) e a Máquina Zero! De resto... De resto foi perfeito.
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