quarta-feira, 21 de julho de 2010

Caloira

Hoje foi o dia do meu último exame. Estou de FÉRIAS! É tão bom que nem acredito, para além disso parece-me impossível já ter passado um ano. Eu lembro-me exactamente do que fiz durante esta semana à um ano atrás. E lembro-me exactamente no que pensei, lembro-me que na próxima semana ia acampar para Vouzela, lembro-me que estava no princípio de um Verão perfeito, lembro-me que já tinha feito a candidatura. 1ª opção: Bioengenharia. Não entrava. 2ª opção: Eng. do Ambiente. Entrava, nesta opção e em todas as seguintes. Sabia que entrava e que não ia ficar mas era mais uma tentativa. E assim foi, entrei e não pensei muito no resto.
Ainda bem que não pensei. Não foi um ano perdido, nem pensar.



Semana de Enhenharia


Jantares
A minha madrinha na serenata
Caloiros da família

Cortejo - Caloiros Minas e Ambiente

Os meus amores

A queima!


Acham que foi um ano perdido? Não foi. Aprendi tantas, tantas, tantas coisas. Cresci, muito.

Agora, na minha vida, há uma inesinha que me dá abraços e ouve as minhas histórias, uma Sofia que é escuteira, sabe fazer malabarismo e já foi para a auto-estrada de bicicleta, um Rocky que gosta de cafunés e que tem muitas teorias (muitas delas sobre mulheres), um António que é meu irmão, que mantém sempre a postura, desenha e cozinha como ninguém, um Vindimas que é o menino da lágrima e me contou a história do galo de Barcelos, um Bolacha que é madeirense, que tem uma casa que é "do povo" e que é muito prestável, um Machique que também é da Madeira, que já tentou fugir do infantário, uma Ziga que é de Vila Mou, que é uma doida espectacular e que gosta de beber receita comigo, uma Andreia onde eu dormi a primeira vez que fiquei no Porto, muito querida e que adora tocar guitarra, uma que é uma pessoa espectacular, é dinamica e a quem eu já levei a casa numa daquelas noites, uma Carla que fala como ninguém, que tem um dom, que é de Melgaço e sabe sempre escolher o melhor, uma Fi que por entre lágrimas e um abraço só me conseguia dizer "Tu vais embora", um Xico que também é da família, é impecável!, um Tiago Sereno, que é realmente sereno e que canta o "Verão Azul" como ninguém, um Angelo que acha que uma coisa fundamental numa mulher é saber que parte do frango é que ela gosta, um Rafael, o Gi, que joga futebol americano e com quem aprendi muita álgebra, um Diogo, o Pierre, fala française e está sempre a sorrir, um Helder que foi meu colega de trabalhos de grupo e que gosta de ir a caça, um Paris Hilton que é um amor, também gosta de caça, um Alex que foi a minha companhia no metro, jogava cartas e lia os jornais comigo durante as aulas de química, uma Ana que diz "um" de uma forma inacreditável, uma Daniela que é a Marge dos Simpsons, uma Carolina que adora falar, um Furinhos guitarrista e uma Lala contrabaixista que são Tuna e tantos, tantos outros.

Os doutores que nos praxaram, as viagens de metro que passavam na ponte, os comboios em que dormi, as minhas companhias de viagem, a noite da serenata, o traçar da minha capa pela minha madrinha, os jantares, as tardes e noites de praxe que nos deixavam com vontade de não aparecer mais, aquelas que queriamos ficar mais e que queriamos que se repetissem, a noite em que trajamos a primeira vez, a nossa serenata, o cortejo e a noite do cortejo, a minha t-shirt de caloiro. E tantas coisas mais, há aquelas que ficam guardadas aqui dentro e que não se escrevem. Ser caloiro na FEUP é espectacular! "Segredos desta cidade levo comigo p’rá vida."




Para o ano estou numa cidade nova e vou viver muito muito muito mais. Por enquanto, vou até ali aproveitas os próximos dois meses de férias :D

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