Hoje foi o dia do meu último exame. Estou de FÉRIAS! É tão bom que nem acredito, para além disso parece-me impossível já ter passado um ano. Eu lembro-me exactamente do que fiz durante esta semana à um ano atrás. E lembro-me exactamente no que pensei, lembro-me que na próxima semana ia acampar para Vouzela, lembro-me que estava no princípio de um Verão perfeito, lembro-me que já tinha feito a candidatura. 1ª opção: Bioengenharia. Não entrava. 2ª opção: Eng. do Ambiente. Entrava, nesta opção e em todas as seguintes. Sabia que entrava e que não ia ficar mas era mais uma tentativa. E assim foi, entrei e não pensei muito no resto.
Ainda bem que não pensei. Não foi um ano perdido, nem pensar.
Semana de Enhenharia
Jantares
A minha madrinha na serenata
Caloiros da família
Cortejo - Caloiros Minas e Ambiente
Os meus amores
Acham que foi um ano perdido? Não foi. Aprendi tantas, tantas, tantas coisas. Cresci, muito.
Agora, na minha vida, há uma
inesinha que me dá abraços e ouve as minhas histórias, uma
Sofia que é escuteira, sabe fazer malabarismo e já foi para a auto-estrada de bicicleta, um
Rocky que gosta de cafunés e que tem muitas teorias (muitas delas sobre mulheres), um
António que é meu irmão, que mantém sempre a postura, desenha e cozinha como ninguém, um
Vindimas que é o menino da lágrima e me contou a história do galo de Barcelos, um
Bolacha que é madeirense, que tem uma casa que é "do povo" e que é muito prestável, um
Machique que também é da Madeira, que já tentou fugir do infantário, uma
Ziga que é de Vila Mou, que é uma doida espectacular e que gosta de beber receita comigo, uma
Andreia onde eu dormi a primeira vez que fiquei no Porto, muito querida e que adora tocar guitarra, uma
Mé que é uma pessoa espectacular, é dinamica e a quem eu já levei a casa numa daquelas noites, uma
Carla que fala como ninguém, que tem um dom, que é de Melgaço e sabe sempre escolher o melhor, uma
Fi que por entre lágrimas e um abraço só me conseguia dizer "Tu vais embora", um
Xico que também é da família, é impecável!, um
Tiago Sereno, que é realmente sereno e que canta o "Verão Azul" como ninguém, um
Angelo que acha que uma coisa fundamental numa mulher é saber que parte do frango é que ela gosta, um
Rafael, o Gi, que joga futebol americano e com quem aprendi muita álgebra, um
Diogo, o Pierre, fala française e está sempre a sorrir, um
Helder que foi meu colega de trabalhos de grupo e que gosta de ir a caça, um
Paris Hilton que é um amor, também gosta de caça, um
Alex que foi a minha companhia no metro, jogava cartas e lia os jornais comigo durante as aulas de química, uma
Ana que diz "um" de uma forma inacreditável, uma
Daniela que é a Marge dos Simpsons, uma Carolina que adora falar, um
Furinhos guitarrista e uma
Lala contrabaixista que são Tuna e tantos, tantos outros.
Os doutores que nos praxaram, as viagens de metro que passavam na ponte, os comboios em que dormi, as minhas companhias de viagem, a noite da serenata, o traçar da minha capa pela minha madrinha, os jantares, as tardes e noites de praxe que nos deixavam com vontade de não aparecer mais, aquelas que queriamos ficar mais e que queriamos que se repetissem, a noite em que trajamos a primeira vez, a nossa serenata, o cortejo e a noite do cortejo, a minha t-shirt de caloiro. E tantas coisas mais, há aquelas que ficam guardadas aqui dentro e que não se escrevem. Ser caloiro na FEUP é espectacular!
"Segredos desta cidade levo comigo p’rá vida."
Para o ano estou numa cidade nova e vou viver muito muito muito mais. Por enquanto, vou até ali aproveitas os próximos dois meses de férias :D