Um território? A população que nele habita? Os políticos que o governam? Um hino? Uma bandeira? Uma representação desportiva?Mais do que tudo isto somado, um país é uma identidade. E esta constrói-se tanto à custa de realidades como de mitos. Com o importante contributo da Pequena História.
A França não seria a mesma sem a inacreditável epopeia de Joana d'Arc ou o tragicómico episódio do colar da rainha Maria Antonieta. Os EUA são indissociáveis de figuras como Daniel Boone, David Crockett ou Buffalo Bill, que devem tanto aos factos como à ficção. A Inglaterra sem as lendas bretãs em torno do mítico Rei Artur ou sem as alegres façanhas de Robin Hood não seria a Inglaterra que conhecemos.
E Portugal? Tirem-lhe o semifantástico Viriato, o ambíguo D. Afonso Henriques, a lenda do milagre das rosas, os amores de Pedro e Inês, o impoluto Nuno Álvares Pereira, o galante torneio dos Doze de Inglaterra, a fúria castigadora da padeira da Aljubarrota, o Infante D. Henrique de olhar perdido no oceano - e vejam o que fica (...).
Vamos viajar através de alguns dos mitos que fazem Portugal.
in Visão, nº 910
Num artigo curioso, a Visão expõe 9 Mitos da História de Portugal. Sem incêndios, SCUTs, dias na praia com políticos e outras crises. Vale a pena.
Nota: o artigo saiu na revista de 12 a 18 de agosto. Eu é que ando sempre um bocadinho atrasada.
2 sentidos:
A visao sempre em grande! :)
E foi muito bem visto sim senhora :D
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Portugal foi feito de grandes coisas - nem todas as que a Visão refere serão mitos.
Mas agora, com tempo e outras leituras, e literaturas, reparo um enorme abismo que se foi abrindo entre o nosso país e os que nos rodeiam. Não ocorreu uma evolução demarcada na ciência e no pensamento como lá fora.
Entristece-me.
A actualidade é relativa. Se não eu estava muito mais atrasado. ;)
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