quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Abençoada

A Maria escreveu isto. Parece mesmo algo que poderia muito bem ter sido eu a escrever. Se tivesse algum jeitinho para me expressar...

Não entendem nem eu perco muito tempo a tentar explicar. As pessoas não entendem quando digo que sou, sempre fui, uma menina muito abençoada. Tenho cá os meus dias complicados, claro que sim, quem não os tem. Tenho alturas em que parece que nada na vida bate certo mas nem por isso renego ou desvalorizo o que a vida me tem dado de bom. Fui uma criança desejada, desde sempre. Tive uma avó notável, uma mulher que nunca desistiu de incutir em mim a convicção de que o sítio de onde partimos e aquele onde chegamos não têm que forçosamente ser os mesmos, que na vida é sempre possível ir mais além, basta que nos determinemos a tal. Tenho uns pais que, feitios e algumas histórias macacas à parte, na hora da verdade, naqueles momentos em que batemos com o joelho no chão, nunca me faltaram, nunca. Sei o que é olhar nos olhos de um homem e sentir-me uma mulher amada e querida. Sei o que é ter amigos daqueles mesmo bons, quais pedras preciosas, que constituem a riqueza maior de um ser humano e, hoje, sei que há por este país fora gente do bem, mas assim gente de coração grande, um coração que bate do lado certo. Pessoas que, desde que este mega dream começou, não param de me acarinhar, pessoas que cruzam o meu caminho, se entusiasmam e dão o melhor de si em cada e-mail que me fazem chegar. E por isso, digo tanta vez que a vida nem sempre me foi fácil, é um facto, mas nem por isso eu deixo de ser uma menina abençoada. Agora, claro está, isto nem todas as pessoas entendem e, francamente, eu também não perco muito tempo a tentar explicar.

Enquanto isso, continuamos a lutar todos pelo sonho dela! Os meus livros estão aqui.  Todos os leilões em aberto aqui.

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