segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Rainha no Palácio das Correntes de Ar #01

O Historiador Dodoro Sículo, que viveu no século I A.C. (e que certos autores consideram pouco fiável) fala de Amazonas na Líbia, designação que, na época, englobava todo o Norte de África e oeste do Egipto. Este império de Amazonas eram uma Ginecocracia, ou seja, um estado onde apenas as mulheres podiam desempenhar funções oficiais, incluindo as militares. Segundo a lenda, o país era governado por uma rainha, Mirina, que com 30 mil infantes e três mil cavaleiras, atravessou o Egipto e a Síria e chegou até ao mar Egeu, derrotando pelo caminho vários exércitos masculinos. Quando foi finalmente vencida, o seu exército dispersou-se, Não, porém, sem deixar marcas na região. As mulheres de Anatólia pegaram em aramas para esmagar uma invasão vinda do Cáucaso, depois de os homens terem sido aniquilados num imenso genocídio. Aquelas mulheres eram hábeis a manejar todo o género de armas, incluindo o arco, a espada, o machado e a lança. Copiar as cotas de malha de bronze e as armaduras dos gregos. Rejeitavam o casamento, que consideravam uma submissão. Para a procriação, eram-lhes concedidas licenças especiais durante as quais praticavam o coito cm homens desconhecidos, escolhidos ao acaso nas aldeias em redor. Só uma mulher que tivesse já matado um homem em combate tinha o direito de renunciar à virgindade.

in "A Rainha no Palácio das Correntes de Ar" - Millennium 03, Stieg Larsson

Cada livro da trilogia Millennium está dividido em várias partes. No início de cada parte é introduzido um tema (como o trecho anterior). Não estando directamente relacionados com a história do livro estão, em cada livro, relacionados entre si. Um dos pequenos detalhes que eu adoro nesta colecção. Isso, o facto de estarem muito bem escritos, cheios de detalhado e sem ser chatos, estarem muito bem escritos e serem, sem dúvida, um page turner*, daqueles que me está a dar muita vontade de passar a noite em claro para o acabar.

*Expressão descoberta aqui.

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