Londres - Porquê?

Cá estou eu, uma vez mais, a sonhar. Desta vez com Londres. O que quero ver, o que quero rever, como vai ser. Não é a primeira vez que lá vou, mas não é por isso que o frio é menor que uma viagem para um sítio novo. Londres é a cidade que consegue agradar a todos. Londres tem ricos, pobres, pretos, brancos, amarelos, católicos, protestantes, muçulmanos, judeus, chiques, góticos, punks, manifestantes, executivos. Londres tem museus, igrejas, jardins, música, compras, teatros, feiras, centros comerciais. Londres tem aquilo que imagino em NYC, a uma escala reduzida, sem Yankees nem Knicks, sem cheiro a séries, mas com outras coisas que (provavelmente?) a superam. Londres tem a Torre e com ela Ana Bolena e Thomas More. Londres  tem St Paul's contruída na era da "nossa" Catarina, alberga os corpos de Churchill, Fleming e Nightingale. Londres teve uma (bloody) Mary, uma Victoria, uma Elizabeth e uma Thatcher.  Londres tem autocarros originais e tem Minis. Londres tem um Oliver Twiste a correr, um Romeu e Julieta numa esquina, um Sherlock Holmes a deduzir. Londres tem o elitismo de Oxford, de Cambridge e do British Accent. Londres teve duas guerras e muitas revoltas.  Londres tem Fish and Chips e Pubs. Londres tem Chelsea e Arsenal. Londres teve Live Aid. Londres, por uma unha negra, poderia ter Wimbledon para eu espreitar.  Londres tem Harry Potter, Expiação e 007. Londres tem chá e scones. Londres viu um Freddie Mercury, um Charlie Chaplin, e um Hitchcock. Tem um David Bowie,  um Rod Stewart e uma Amy Winehouse. Teve um Darwin e um Newton. Tem um Colin Firth, um Hugh Grant, uma Keira Knightkey, um Clive Owen e uma Kate Winslet. Londres tem tudo isto e, num futuro próximo, terá ainda mais.

Londres enche-me o coração e as medidas. Não me farta nem por um segundo. E eu? Eu vou sempre voltar lá mais uma vez.