Lembro-me de um livro que havia lá em casa chamado "Os Homens que Mudaram o Mundo", do Circulo de Leitores. Não sei bem o porquê, mas lembro de o levar para a escola primária para fazermos uns trabalhos sobre algumas das personagens. Lembro-me só de duas "histórias". Do Infante D, Henrique e do Edison. Lembro-me perfeitamente do retrato do infante no livro (uma pintura de José Malhoa que descobri, sem querer, no Museu Militar de Lisboa), lembro-me do meu pai me explicar que aquela era a cara que atribuímos ao Infante, mas que não havia certezas se ele teria sido efectivamente assim. Lembro-me da história do senhor que explodia comboios e criou um lâmpada. Lembro-me mesmo bem de como gostava daquele livro naquela altura (e naquela altura eu tinha uns 8 anos).
Steve Jobs mudou mundo. Gostemos dele ou não. Pensemos nele como workaholic obsessivo ou como um visionário empenhado. As coisas até poderiam ter levado um rumo semelhante ao de hoje, mas nunca tão rápido. Jobs conseguia apostar sempre um passo à frente. O rato, os sistemas operativos gráficos, os computadores cada vez mais pequenos e ergonómicos, os "sem teclas". A genialidade de ter criado uma marca que está sempre um passo à frente, que é bonita, que é diferente, e que quase irracionalmente se quer ter. E do outro lado. A ideia de um dia ter comprado o "departamento" gráfico da Lucasfilm e criado "o meu candeeiro preferido". De, directa ou indirectamente nos ter dado um ToyStory, um Ratatui, um WALL-E.
Um dia vou contar aos meus filhos a história do homem que partiu à descoberta de Novos Mundos, a história do homem que conseguiu inventar 2332 novas e a história de Jobs.
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